O presidente Jair Bolsonaro escalou ontem mais alguns degraus na crise entre os poderes ao ameaçar desobedecer as decisões do Supremo Tribunal Federal. Irritado com a autorização de Alexandre de Moraes para ações de busca e apreensão contra aliados no inquérito das fake news e com a liberação por Celso de Mello do vídeo da reunião ministerial, Bolsonaro berrou na porta do Palácio da Alvorada: “Acabou, porra! Não dá para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais tomando quase que de forma pessoal certas ações. Somos um país livre e vamos continuar livres, mesmo com o sacrifício da própria vida. Chega! Chegamos no limite. Estou com as armas da democracia na mão”. Em resumo, o presidente estava ameaçando não cumprir ordens judiciais definidas pela Corte, no que foi acompanhado por seus filhos. Ministros do Supremo se dividem entre os que se preocupam com um possível golpe e os que acham que a escalada retórica fazem parte das bravatas de sempre. Por ora, o Planalto tem agido dentro da lei, como no uso de um pedido de habeas corpus para evitar o depoimento de Abraham Weintraub para explicar suas declarações contra o STF. Mas os arroubos crescentes assustam quem preza a democracia. Até os militares, comumente associados a saídas não democráticas, colocaram água na fervura e rechaçaram a possibilidade de golpe. Enquanto a crise política cresce, outra maior parece não ter solução: pelo terceiro dia seguido, foram registradas mais de cem mortes pelo coronavírus. POLÍTICA Epidemia
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April 2022
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