Com a prolongada crise do coronavírus e a recente demissão de Sérgio Moro, o presidente Jair Bolsonaro pode estar passando por um processo de mudança em sua base popular de apoio. As pesquisas recentes mostram que Bolsonaro perde parte dos apoiadores mais escolarizados e mais ricos, descontentes com sua ação no combate à pandemia e com a briga com o símbolo da Lava Jato. Por outro lado, ele agregou segmentos mais carentes e dependentes das políticas públicas do governo, como o auxílio emergencial de R$ 600 para os trabalhadores informais. Ainda não há elementos para saber se essa mudança faz parte de uma estratégia política elaborada ou é apenas reflexo automático do momento do país. O fato é que é um fenômeno muito semelhante ao vivido por Lula em seu primeiro mandato. Com a crise do mensalão, Lula e o PT decepcionaram o eleitorado mais rico e esclarecido que o levaram à vitória em 2002. Para compensar, lançaram uma série de programas populares, mais notadamente o Bolsa Família, que fidelizaram os brasileiros mais pobres e menos escolarizados ao partido. Bolsonaro, mesmo no auge da crise, consegue manter o apoio de cerca de um terço dos brasileiros. O que pode prejudicá-lo é a insensibilidade demonstrada com as vítimas, como fez ontem, quando reagiu com um irônico “E daí?” ao ser questionado sobre o número recorde de mortes. O vírus atinge a todos, ricos e pobres, em, suas consequências na saúde e na economia. O governo precisa de um plano concreto de ação, não de bravatas, para conter a crise e sobreviver politicamente. POLÍTICA Pandemia
Opinião pública
Crise política
ECONOMIA
Atividade
Empresas
Análise do Noticiário- Elaborado por Tiago Pariz e Otávio Cabral
0 Comments
Leave a Reply. |
nosso espaço
Aqui você fica sabendo tudo o que acontece no dia-a-dia da notícia. Relatos, Comentários e Press Releases do que acontece no Brasil e no Mundo. arquivo
April 2022
categorias
All
|