O presidente Jair Bolsonaro escolheu seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas como ponto de mudança. O objetivo de sua fala é reverter a imagem de vilão ou paria mundial nas políticas ambiental e no combate à pandemia da covid-19.
Independente de palavras ou objetivo, o governo Bolsonaro tem uma agenda clara que afungenta quem quer aplicar aqui no país. Investidores estrangeiros fogem da bolsa, como pode ser visto na saída de recursos em carteira nos dados do Banco Central, porque perceberam que não há compromisso das empresas e de Brasília com políticas focadas no meio ambiente, no social e na governança. Isso porque há uma grande diferença entre o que diz e o que faz o presidente da República. Sua retória é firme e direta em assuntos que lhe são caros (conservadorismo, corporativismo, etc) e a agenda liberal, o compromisso com o meio ambiente (para ficar apenas nesses dois exemplos) sempre soaram como um jogo de interesses. Na ONU, Bolsonaro pode até tentar suavizar suas palavras. Mas ninguém vai acreditar nele se não houver uma mudança drástica de política no Meio Ambiente e de direcionamento por parte do Palácio do Planalto contra a pandemia, a vacinação... Seja lá qual for o tom do presidente na Assembleia Geral, o que ficou para história mesmo foi a fala de Ricardo Salles que tentou se aproveitar da pandemia para passar a boiada de seus interesses e que o país enfrentou a pior crise sanitária da história com um ministro interino. Não por acaso, o Pantanal tem o maior número de queimadas em duas décadas, o desmatamento na Amazônia corre a passos largos e os números da pandemia insistem em permanecer em patamares elevados. Essa é a eloquência mais impactante: as cenas da destruição. Não as meras palavras jogadas ao vento. POLÍTICA Governo - Eliane Cantanhêde: Hoje na ONU, Bolsonaro será Bolsonaro. Mas fora do Brasil, quem acredita nele? https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,realidade-paralela,70003447242 - Em mensagens, empresários bolsonaristas articulam criação de rádio pró-governo. Mensagens de WhatsApp apreendidas pela Polícia Federal no celular de Otávio Fakhoury revelam articulação para criar emissora. Meio Ambiente - Pantanal tem o maior número de incêndios em duas décadas. Bioma tem 16 mil focos de queimada no ano, sendo 5,9 mil registros apenas este mês, segundo dados do Inpe; grande nuvem de fumaça já atinge 5 mil km² Educação - Presidente do CNPq diz que, com cortes no orçamento, país pode viver apagão de pesquisas. Evaldo Vilela alerta que redução prevista para 2021 pode levar a enxugamento de bolsas e até a uma resposta reduzida da ciência à pandemia Judiciário - Só 1% das decisões do STF dos últimos 30 anos foi tomada em discussão presencial - Bolsonaro diz que novo ministro do STF tem que 'tomar cerveja' com ele Eleições 2020 - Campanhas mantêm corpo a corpo e preparam até bolha de proteção para panfleteiros - PSDB tenta evitar que desgaste de Doria prejudique Covas - Acordo entre WhatsApp e TSE vai prever chat de denúncias e figurinhas sobre voto consciente. Dario Durigan, diretor de políticas públicas do app, diz que parceria é inédita no mundo Pandemia - 1 em cada 5 moradores já teve coronavírus na zona leste de SP - Pandemia reduziu poluição no rio Tietê, atesta medição parcial - São Silvestre pode ser adiada e ocorrer com apenas 55 corredores - Para especialistas, alta de mortes em SP é efeito de relaxamento da quarentena - Um grupo de epidemiologistas da Universidade de Princeton (EUA) simulou como será a pandemia em diferentes cenários, com ou sem vacina e com diferentes perfis de imunidade de rebanho, sugerindo que o pior já passou. Em nenhum dos oito cenários destacados pelos cientistas em estudo na Science, a Covid-19 volta a infectar tanta gente quanto em 2020. Em dois deles, porém, a oscilação da epidemia até 2025 tem picos anuais da mesma ordem de grandeza, não muito menores do que foi o de 2020. ECONOMIA Tributária - Planalto quer relançar ideia da CPMF nesta semana. Manobra é tentativa para impedir derrubada de veto presidencial sobre a prorrogação da desoneração sobre 17 setores Atividade - Brasileiro é dos que mais sentem 'inflação da Covid', diz estudo. Mudança de hábitos de consumo aumenta mais o custo de vida no Brasil do que em outros 17 países. - 'Retomada segue sem plano'; leia o editorial do Estadão desta terça-feira. 'Ninguém pode dizer com segurança como o governo cuidará de suas finanças' https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,retomada-segue-sem-plano,70003447171 ESG - Economia verde é ponto de partida para retomada econômica https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/09/economia-verde-e-ponto-de-partida-para-retomada.shtml Commodities - Trigo pode ser a nova soja da Embrapa e já chama a atenção até da Coreia do Norte Empresas - Petrobras segura oferta da BR para momento melhor. Valor das ações ainda estão abaixo das cotações pré-pandemia Esta Análise do Noticiário de hoje foi escrita por Tiago Pariz e Otávio Cabral.
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April 2022
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