Um falso dilema se instalou no Brasil desde o início da pandemia do coronavírus: é mais importante cuidar da saúde ou da economia. Os dados mais recentes mostram que o Brasil fracassou nas duas pontas do problema. A economia parou, como evidenciam os números sobre o tombo da indústria —a produção de veículos, por exemplo, caiu 99,3 % em abril —, a deflação de 0,31% e a redução de quase 60% nas vendas do comércio para o Dia das Mães. O desemprego está crescendo acentuadamente e as filas na porta de agências da Caixa retratam a multidão que precisa do auxílio emergencial do governo para sobreviver. Já na outra ponta, a curva de doentes do coronavírus segue embicada para o alto, sem perspectiva de achatamento em curto prazo. O número de mortos já passou dos 11 mil e alguns estados entram em lockdown para tentar evitar que o sistema de saúde entre em colapso. Há ainda uma terceira crise, a política, que tende a esquentar nesta semana, com as primeiras audiências do inquérito que apura a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, que levou à saída de Sérgio Moro. Enquanto a economia desanda e mortos são enterrados às centenas, Bolsonaro passeia de jet ski pelo Lago Paranoá no Dia das Mães. É uma em séries crise sem sinais de solução a vista. ![]() POLÍTICA Pandemia -O número de registros de mortes de pacientes infectados pelo novo coronavírus em 24 horas atingiu 496 no Brasil, somando um total de 11.123 óbitos, informou ontem o Ministério da Saúde. Já os casos confirmados de covid-19 ficaram em 6.760 no período e passaram a somar 162.699. -Com essas informações, o Brasil permanece como o país com o sexto maior número de mortes, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.-O ministro da Saúde, Nelson Teich, soltou um vídeo se solidarizando com as vítimas do coronavírus. Já Jair Bolsonaro preferiu dar um passeio de jet ski pelo lago Paranoá. Crise institucional -Segundo o Poder 360, o ministro Celso de Mello, do STF, deu permissão para que Sérgio Moro, Augusto Aras e a delegada da Polícia Federal Chistiane Corrêa assistissem ao vídeo com a íntegra da reunião em que Jair Bolsonaro teria pressionado Moro para trocar o comando da PF. -O Palácio do Planalto entregou o vídeo ao Supremo na noite de sexta-feira. Ao menos no primeiro momento, o decano do STF tomou a decisão de mantê-lo sob sigilo. Como Moro é quem acusa o presidente de interferir, o PGR deverá decidir se apresenta denúncia contra o presidente ou não, e é a delegada quem fará os interrogatórios, Mello decidiu que os três deveriam assistir. Os depoimentos já começam hoje. -A exibição do vídeo foi marcada, em uma única sessão, na terça-feira, na Polícia Federal em Brasília. Sérgio Moro virá de Curitiba pela primeira vez desde que deixou a capital. -Bolsonaro tem semana decisiva em investigação que pode levar a seu afastamento do cargo, escreve a Folha. Seis delegados e uma deputada federal devem prestar depoimento no inquérito que investiga a veracidade das acusações de Sergio Moro. -Os depoimentos são fundamentais para que Augusto Aras decida se fará a denúncia do presidente. Há suspeitas, no Ministério Público, de que ele esteja alinhado com o Planalto. Segundo Andreia Sadi, da GloboNews, o PGR nega: “Se não quisesse investigar, não teria pedido a abertura do inquérito”. -”Vou sair em 1º de janeiro de 2027", diz Bolsonaro ao ser indagado sobre renúncia ou impeachment. -Lauro Jardim, em O Globo, escreve que a maioria dos integrantes da equipe de Aras estão convictos de que ele não denunciará Bolsonaro. Se assim for, Celso de Mello não terá alternativa que não arquivar o processo. Corrupção
-Estadão revela que compras emergenciais durante pandemia são investigadas em 11 Estados e no DF. Respiradores, máscaras e demais equipamentos de proteção individual entraram para a lista prioritária de compras realizadas sem licitação. ECONOMIA Contas públicas -Os governos de Rio, Minas e Rio Grande do Sul já admitem que vão atrasar o pagamento de servidores nos próximos meses, de acordo com o Estadão.-O Banco Central pediu à Casa da Moeda uma produção extra de dinheiro para pagamento do auxílio emergencial, informa a Reuters. É preciso aumentar a circulação de moeda em 40%. Atividade Venda de imóvel cai 65% em abril, primeiro mês cheio da quarentena. Lançamentos adiados na região metropolitana somam valor geral de vendas de R$ 1,5 bi, diz Sec
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April 2022
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