A divulgação na tarde de ontem da íntegra do depoimento prestado pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro à Polícia Federal aumentou a temperatura da crise política e institucional pela qual passa o Brasil. Moro confirmou o que dissera ao deixar o cargo contra o presidente Jair Bolsonaro, o acusando de tentar interferir na direção da PF e na superintendência do órgão no Rio, além de de querer ter acesso a relatórios de inteligência. O ex-ministro não trouxe provas contundentes, mas aprontou pistas e caminhos para a investigação, que já começa a avançar. No STF, o ministro Celso de Mello já solicitou vídeos, autorizou depoimentos e decretou a quebra de sigilo das investigações. No Congresso, há articulações avançadas para uma CPI. Fora das instituições, o embate entre Moro e Bolsonaro só serve para acirrar a polarização política e dificultar qualquer tentativa de diálogo ou consenso. Agora, além da disputa já consolidada entre direita e esquerda, há uma cisão dentro da própria direita, antagonizando “bolsonaristas" e “lava-jatistas”. Toda essa crise deixa em segundo plano o que deveria ser a principal preocupação do país: o combate ao coronavírus. Nas últimas 24 horas, o país registrou 600 mortes, o recorde para um dia, elevando o total de vítimas para 7.921. A doença se alastra pelo interior, ameaçando de colapso o sistema de saúde. Sem uma coordenação central, estados e municípios tomam medidas isoladas, muitas vezes contraditórias. Essa é a verdadeira crise, que deveria estar em todas as manchetes. Mas nossos políticos não estão deixando. POLÍTICA Pandemia
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April 2022
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