No final da década de 1990, a cidade de São Paulo vivia uma epidemia de violência. Os assassinatos eram contados às centenas todos os meses, principalmente na periferia, mas alguns também nos bairros mais prósperos. Apenas em um final de semana em setembro de 1998, ocorreram 68 mortes, parte delas em cinco chacinas. Era um cenário assustador, de medo, mas a vida seguia. As pessoas davam seu jeito de trabalhar, estudar e viver, entre mortos e feridos. Agora, em 2020, vivemos uma situação semelhante. Quem ceifa vidas, porém, não é a violência, mas o coronavírus. Ontem, mais uma vez o país bateu o recorde de mortes, com 1.473. Cem dias depois de ter registrado o primeiro contaminado, o país chegou à marca de 34.021 mortos e superou a Itália, se tornando o terceiro do mundo com mais mortes. O medo está presente, mas a vida segue. O isolamento social é a única maneira de encarar o vírus, mas estados e municípios começam a relaxá-la e a autorizar a reabertura de comércio, serviços e até de escolas. Boa parte deles parece de ter cansado de enfrentar a retórica do presidente Jair Bolsonaro, que a cada dia trata de minimizar o poder do vírus. A epidemia de violência só foi superada com inteligência, tecnologia, investimento nas polícias e união da sociedade. Uma receita não muito diferente da que precisa ser feita para enfrentar a epidemia do coronavírus. Mas, infelizmente, não há nada de semelhante no horizonte. Epidemia
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April 2022
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