O possível casamento entre o presidente Jair Bolsonaro e o centrão tem um benefício mútuo, mas potencialmente perigoso diante das fragilidades do Brasil e da pandemia da covid-19. O presidente busca maior estabilidade na relação com o Congresso e espera evitar turbulências que minem seu poder. Bolsonaro, por conta do desgate com os poderes, potencializa sua imprevisibilidade, gerando instabilidade política que acaba retroalimentada pelo desequilíbrio na Praça dos Três Poderes. Já os partidos do centrão têm como objetivo o poder. PTB, PP, Solidariedade, PRB, PR e afins sempre se mobilizaram para conseguir ampliar os espaços de interesse e influência na máquina federal. Tem sido assim desde a Constituinte: um grupo que se une em torno de interesses que signifiquem disponibilidade e acesso aos benefícios do Estado. O problema é a fragilidade e a contradição desse casamento. Bolsonaro se alia justamente com o grupo de políticos contrário à sua proposta eleitoral. E o centrão se alia justamente a quem, desde a eleição, o combateu. O problema é que, como representante de um governo minoritário no Congresso, Bolsonaro jamais conseguiu impor o ritmo das votações e ficou a reboque das predileções desse séquito. A única chance de um casamento como esse dar certo é se ele produzir estabilidade e previsibilidade num momento em que o país inteiro vive dividido, conflagrado e sem rumo. As previsões são desfavoráveis porque o ativismo dos Três Poderes tornou-se potencialmente perigoso. POLÍTICA Pandemia
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April 2022
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