O presidente Jair Bolsonaro cruzou uma perigosa fronteira na tarde de ontem, ao tomar parte em manifestação que defendia abertamente uma pauta antidemocrática, com pregação de golpe e ataque ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal. É grave, sob todos os aspectos, um presidente clamar contra a democracia, ainda mais em um momento tão grave como o que o Brasil atravessa, com mais de 100 mil infectados pelo coronavírus e mais de 7 mil mortes. Bolsonaro usa o momento excepcional para dobrar a aposta no acirramento político: “Chegamos no limite, não tem mais conversa. Chega de interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência”. O presidente, com essa frase, mostra não respeitar (ou nem ao mesmo entender) a separação e a independência dos poderes, pilar essencial da democracia. Mostra também desprezar a liberdade de imprensa —tanto que não condenou a agressão a jornalistas na manifestação em frente ao Palácio do Planalto. O que dá um certo alívio é ver que as declarações de Bolsonaro foram repudiadas veementemente por políticos e instituições (inclusive por militares), demonstrando que cada vez mais ele fala para um grupo pequeno de radicais. Mas é preocupante ter na Presidência da República, em um momento de crise extrema, alguém que despreza a democracia e desdenha da gravidade da pandemia. O Brasil precisa de diálogo e conciliação para superar esse momento delicado, tudo que Bolsonaro não busca promover. POLÍTICA Pandemia
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April 2022
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