Controvérsia quanto à criação da PTPA mostra como a imagem pública pode impactar papéis de liderançaNo fim de semana passado, às vésperas do torneio US OPEN, o número 1 do mundo, Novak Djokovic, renunciou ao cargo de presidente do conselho de jogadores da ATP (Association of Tennis Professionals). Sua renúncia foi acompanhada da renúncia dos outros dois membros do conselho de jogadores, o canadense Vasek Pospisil e o americano John Isner. Frustrados com o que consideram falta de influência dos jogadores nas decisões da ATP, os jogadores buscam formar um órgão representativo dos atletas masculinos a princípio, uma vez que as mulheres são regidas pela WTA, e não pela ATP. A ATP é o órgão que atualmente rege o Tour profissional masculino e seu conselho é composto 50% por representantes dos jogadores e 50% por representantes dos torneios do circuito. Em reunião capitaneada por Djokovic e Pospisil e que contou com cerca de 70 jogadores no fim de semana de abertura do US Open, 68 dos presentes assinaram um documento de apoio à criação da Associação de Jogadores de Tênis Profissional (PTPA). O documento compartilhado por Djokovic e Pospisil durante a reunião de apresentação da nova associação, informa que a PTPA não pretende substituir a ATP, mas fornecer aos jogadores uma estrutura de autogoverno que é independente dela e que responde diretamente às necessidades e preocupações dos atletas, como as relacionadas à divisão de receitas, ações disciplinares, pensões de jogadores, viagens e seguros. Em declaração para o veículo Tennis.com, Djokovic defendeu o movimento das críticas iniciais: A associação de jogadores é uma plataforma e organização que se vai dedicar 100% aos tenistas. Ao fundar esta associação de jogadores não estamos em clima de combate de qualquer tipo ou contra ninguém. Não estamos planejando boicotar ou fazer turnês pelo poder. O que queremos é uma voz de jogador mais unificada, uma voz de jogador ampliada. O ATP ainda será o órgão regulador dos torneios aos quais os jogadores pertencem. Mas é dividido entre torneios e jogadores. Na verdade, somos um dos poucos esportes que não tem uma associação exclusiva de jogadores e estamos apenas tentando dar continuidade a algo que é um projeto há mais de 20 anos. Devemos nos lembrar que outros jogadores, como Andy Roddick, tentaram fazer algo semelhante no passado, então não estamos fazendo nada de novo. Estamos apenas tentando realizar algo que foi tentado anteriormente. Temos agora 150 jogadores a bordo e esperamos poder ter a supermaioria dos 500 melhores jogadores individuais e 200 duplas masculinas. A associação, que está ainda em sua infância, não deixou claro ainda se tentará operar como um sindicato, semelhante aos sindicatos de jogadores em outros esportes profissionais. Ao contrário dos atletas da N.F.L., da Major League Baseball e da N.B.A., entre outras ligas, os jogadores de tênis são contratados de maneira independente. Mas está claro que a ATP e outros líderes do esporte veem o esforço inicial como uma ameaça, e seus líderes pediram aos jogadores que não apoiassem tal movimento. A PTPA já nasce envolta em controvérsia e carente de apoio entre os top 20 do ranking, tendo sito notadamente descartada por Roger Federer e Rafael Nadal. Dentre as muitas críticas estão alegações de que o momento para a sua criação é inoportuno em virtude da pandemia do coronavírus, da ausência de mulheres nas discussões iniciais, da falta de clareza quanto aos objetivos e, principalmente, de que a manobra é uma tentativa de Novak Djokovic chamar atenção.
A AVERSÃO À IMAGEM PÚBLICA DE NOVAK DJOKOVIC As objeções à PTPA parecem inevitavelmente esbarrar num denominador comum – Novak Djokovic. Não há dúvida de que a figura controversa de Novak Djokovic suscita opiniões fortes em comentaristas, fãs e até outros atletas. A apenas dois títulos de Grand Slam atrás de Rafael Nadal e três a menos do que Roger Federer que tem 20, Novak Djokovic é por mérito uma lenda do esporte mas, curiosamente, ao invés de elogios, o sérvio frequentemente enfrenta críticas e objeções à sua imagem pessoal. Algumas das explicações frequentemente ouvidas para a antipatia geral com relação a Djokovic são: ele se esforça demais para que as pessoas gostem dele; seu jogo é muito clínico, sem novidades; ele não tem personalidade própria (ou seja, ele copia Federer, Nadal, Agassi, etc.), ele é falso, costuma ser mal-humorado, é excêntrico e assim por diante. Outros irão argumentar que Djokovic não é a figura menos controversa do mundo do tênis mas que o motivo pelo qual ele sofre tanta rejeição está relacionado ao fato de ser contemporâneo (alguns anos mais jovem) de Federer e Nadal. Na época em que Djokovic se estabeleceu como um dos principais jogadores de sua geração, o mundo do tênis já estava dividido entre os reinos de Roger Federer e Rafael Nadal. Como denota Kevin Palmer, “(...) no princípio, Djokovic foi um desafiante bem-vindo aos 'Dois Grandes', pois os empurrava até o fim e geralmente acabava sorrindo ao parabenizar Roger ou Rafa pela vitória, mas a maré da opinião popular se voltou contra ele quando ele começou a vencê-los com muita facilidade”. Diferentemente de Federer e Nadal, discretos e diplomáticos dentro e fora de quadra, e que dificilmente se posicionam em relação a temas polêmicos, Djokovic não se omite e dificilmente pode ser taxado de falta de personalidade. Desde discussões com juízes, gestos para a torcida do oponente, maneirismos, dietas controversas, vacinação e, agora, representatividade dos jogadores. Apesar de seus diversos projetos sociais em seu país de origem e de ser Embaixador da Boa Vontade da Unicef desde 2011, as ações do jogador sérvio parecem ser sempre questionadas quanto à sua autenticidade e intenção. Mas com o passar dos dias após a declaração de criação da PTPA e apesar da falta de apoio dos representantes dos tours e de Federer e Nadal, os principais membros da associação mantiveram-se firmes na defesa de sua decisão, contaram com outros jogadores de grande e menor representatividade que têm demonstrado simpatia à iniciativa e isto pode pode significar que a nova proposta pode vir a causar um verdadeiro impacto, a despeito das objeções iniciais. COMO VIRAR O JOGO EM SITUAÇÕES DE PUBLICIDADE NEGATIVA Fazendo um paralelo entre a rejeição inicial ao projeto da PTPA e a situações de marketing negativo enfrentadas por empresas e pessoas públicas, é possível transformar situações desafiadoras em vitórias. Para tanto é crucial contar com o apoio de uma consultoria de comunicação estratégica que empregará as diversas ferramentas de relações públicas e gestão de crise neste processo. Assim como vimos na primeira semana após a criação da PTPA, algumas ações podem ajudar em casos de publicidade negativa, tais como:
Uma boa consultoria em Comunicação Estratégica não apenas detém domínio conhecimento das técnicas que farão desta comunicação uma diálogo eficaz com seu público alvo, ela conta ainda com um canal direto com meios e veículos mídia, o que permite a inserção da marca com maior facilidade nos meios de comunicação que trarão mais resultado para o cliente. A Caravelas Comunicação conta com uma equipe experiente especializada na Assessoria Integrada e Comunicação Estratégica de empresas e instituições em todo o Brasil. Trabalhamos em parceria com escritórios de advocacia e especialistas em marketing digital em gestão de crise, geração de conteúdo online e mídias sociais.
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April 2022
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