A nova maneira de atuação de Jair Bolsonaro, menos conflituoso, após os atritos, tensões e profunda instabilidade entre poderes e na gestão da pandemia relembra alguns pontos do passado. Alguns chamam atenção: o presidente parou de falar na entrada do Alvorada. Saiu o personagem do palanque eleitoral.
Passou a negociar de forma sólida com o Centrão e com o STF, com objetivo de construir pontes com os poderes e garantir equilíbrio para o governo. Saiu de cena o destruidor de pontes. Iniciou um processo de reorganização do governo. Claro, por pressão do Centrão, mas há um incipiente movimento de "desradicalização" após a saída de Abraham Weintraub. Ainda que Carlos Alberto Decotelli tenha mentido no currículo e não seja efetivado na Educação, sua escolha foi um sinal de distensão. Está aprofundando a troca de apoio das classes mais altas pelas mais baixas com o auxílio emergencial de R$ 600. As pesquisas têm indicado que a avaliação positiva de Bolsonaro tem crescido entre a população mais pobres e no nordeste. Alguns desses movimentos já vinham acontecendo, mas é importante notar que a aceleração do processo de mutação ocorreu após a prisão de Fabrício Queiroz. É muito cedo para dizer que essa mudança está consolidada e realmente o político confrontador que gosta de radicalizar, tensionar o debate saiu de cena. O fato é que hoje há muitas semelhanças com o movimento que o ex-presidente Lula fez em 2005 para salvar seu governo durante o mensalão. Naquele momento, deu certo. POLÍTICA Pandemia
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A era da desinformação na sociedade do espetáculoO crescimento da desinformação e da manipulação premeditada de fatos é um problema recorrente capaz de influenciar tomadas de decisão das mais diversas possíveis. O acesso cada vez maior à tecnologia e plataforma de interação social potencializa o efeito danoso das fake news, fazendo o mundo caminhar a passos largos para o caos absoluto na era da desinformação instantânea. Esse fenômeno tem se aprofundado ainda mais em tempos de pandemia da covid-19. Em época de eleição, acaba sendo um prato para grupos de interesses ganharem vantagem na corrida pelo poder, custe o que custar. Nem mesmo o filósofo francês Jean Baudrillard (1929–2007) teria imaginado que quase 40 anos depois de publicar Simulacra e Simulation, a sociedade enfrentaria seu mais perigoso abalo que deixa os anos 1980 como um vislumbre de uma representação profunda da realidade. Baudrillard nunca poderia imaginar o poderoso fenômeno das mídias sociais na segunda década dos anos 2000. Após 2010, a sociedade estabeleceu-se como uma era de símbolos, uma era de disfarce, uma era de ocultação, onde o ser social se apresenta à sociedade usando diferentes tipos de máscaras que superam a própria realidade. Conforme apontado pela jornalista Claire Wardle, editora do First Draft News Research e pesquisadora da União Europeia, o mundo está travando uma guerra injusta devido à complexidade do compartilhamento inadvertido de informações falsas e da criação e compartilhamento deliberados de informações falsas. A autora descreve que o termo falso não é profundo e significativo o suficiente para “entender a complexidade da situação”. Então ela propõe quebrar o ecossistema da informação em três elementos:
“Certamente devemos nos preocupar com pessoas (incluindo jornalistas) que compartilham desinformações. Muito mais preocupantes, porém, são as campanhas sistemáticas de desinformação. Tentativas anteriores de influenciar a opinião pública através de tecnologias de transmissão de “um para muitos”, mas as redes sociais permitem que “átomos” de propaganda sejam diretamente direcionados a usuários com maior probabilidade de aceitar e compartilhar uma mensagem específica “, diz Wardle. Um exemplo disso são os disparos em massa via Whatsapp, objeto de investigação pelo Tribunal Superior Eleitoral em relação à campanha de 2018 aqui no Brasil. Mas como tudo isso chegou a este ponto caótico? Não é difícil entender. A décadas atrás, nós recebiamos informações de um grupo limitado de fontes jornalísticas. Estas fontes eram formadas por jornais, canais de televisão, rádio e algumas revistas. Notícias passavam por uma curadoria rígida pois nestes meios, tempo e espaço eram escassos, logo havia necessidade de se escolher bem o que iria ser divulgado. Com a chegada da internet, tudo mudou. Sob a batuta de “democratizador” das informações, a distribuição tornou-se acessível, mais barata e bem mais rápida. No mundo virtual, espaço é ilimitado, portanto a curadoria de notícias ficou de lado e deu lugar a quantidade em recorde de tempo. Quantas vezes lemos uma notícia sobre um fato que está acontecendo no momento e esta notícia é atualizada de minuto a minuto? Para agravar ainda mais a situação hoje em dia a maior parte das pessoas passam o dia na frente do computador ou celular. Quem dita o que lemos são algoritmos de mecanismos de buscas ou redes sociais (Google, Facebook, Instagram e Twitter- os mais comuns). Os algorítimos são desenvolvidos para entregar exatamente o que o usuário quer ler. Ele estuda o histórico pessoal e analisa a semântica da busca para a seguir disponibilizar a informação mais precisa possível para “atender ao gosto” do usuário. Exemplo: um usuário que gosta de ler sobre assuntos políticos e é simpatizante do Partido Verde Alemão ou do Podemos espanhol recebe em seu feed de noticiais diárias matérias relacionadas a legislações de assuntos afeitos à sua ideologia e informações que falam positivamente de seus candidatos . Ele vai ser bombardeado com vídeos e matérias relacionadas a isto no Facebook, Instagram e Twitter. E, neste processo todo, também vai receber matérias e vídeos de acontecimentos que vão contra a sua pauta de forma a enviesá-lo o tornando míope ao debate político. Tudo organizado e entregue de bandeja pelos famosos algoritmos de busca. O Whatsapp é a cereja do bolo para essa bagunça toda. Uma das maiores ferramentas mobile de troca de mensagens do mundo, comprada por bilhões pelo Facebook, acabou se tornando uma plataforma de troca de notícias veloz. A única credibilidade existente nas mensagens é a da pessoa que enviou. Se ela compartilha com sua ideologia, vale a pena ser lido. Senão, a mensagem cai no esquecimento e se perde. E chegamos a outra mudança dos tempos. Hoje, a credibilidade da notícia de fato depende de quem divulga. Plataformas como o Twitter dão espaço a jornalistas darem sua opinião pessoal à notícia- isto não acontecia antes, apenas em editoriais, que ocupavam um pequeno espaço dos jornais. Esta exposição acaba escancarando o viés ideológico do difusor da notícia e acaba ofuscando o mais importante: a própria notícia em si. Com este caos instaurado, muitos grupos de interesse operam para alavancar suas agendas e quem fica perdido no meio deste tiroteio é grande parte da população que não segue uma ideologia extrema e quer poder “tocar a vida, que já está difícil”. No Brasil, o poder público tenta de todas as formas encontrar mecanismos para combater as fake news. O problema é a forma e a saída até agora encontrada é um instrumento de censura de informação travestido de controle social: é o caso da proposta que está em apreciação pelo Senado. O projeto de lei que promete instaurar um manual de práticas para empresas e internautas mostra falhas grotescas de implantação. Nada mais é do que uma ideia a ser usada como arma política contra a liberdade de expressão. Esta debate foi aberto quando se tem provas claras de disparos de mensagens em massa via Whatsapp pela campanha do atual presidente Jair Bolsonaro, espalhando fake news sobre seus concorrentes. A oposição alega que Bolsonaro tenha vencido a eleição graças a este mecanismo, que continua sendo usado para promover propaganda a seu favor. Nos EUA borbulham movimentos de rua com participação de grupos de extrema esquerda e direita. Estes movimentos ocupam o Twitter com divulgação de notícias minuto a minuto sem que tenham tido seu devido fact check. Em Seattle por exemplo, foi erguido o CHAZ- Capitol Hill Autonomous Zone. Uma ocupação de pessoas dissidentes dos protestos de George Floyd que bloquearam um trecho de Downtown Seattle. Fortemente armados e barricados, os organizadores tomaram posse de um precinto policial e pedem o fim da polícia. Não se sabe ao certo o que acontece em CHAZ, mas relatos no Twitter são os mais variados possíveis. Pessoas que defendem a Zona Autônoma alegam que é um movimento pacífico que visa chamar atenção para uma possível violência policial sistemática contra minorias. Por outro lado, muitos tem mostrado imagens de violência entre os participantes, com relatos de espancamentos, furtos e estupros- divulgados por quem é contra a imposição da zona. A prefeita da cidade que ordenou que a polícia se retirasse do precinto e não disperse os barricados a força agora está com um grande problema nas mãos. Existem mais de 50 pequenos estabelecimentos comerciais dentro do CHAz que alegam ter sofrido ameaças dos organizadores e são impossibilitados de abrir suas portas. Por conta disso, entraram com uma processo judicial contra a prefeitura que autorizou a retirada a ação dos manifestantes. Os exemplos de dispersão de dados falsos durante a pandemia, nas eleições e neste ambiente de difícil acesso, o CHAZ, a sociedade tem duas opções: 1) mergulhar profundamente em uma “simulação de realidade superficial” que, contraditoriamente, é mais atraente para o espectador do que o próprio objeto reproduzido ou 2) lutar contra a formação do simulacro e construir a informação baseada em dados e apoiada por fontes confiáveis. O problema, como já foi apontado neste artigo, é que os fenômenos das mídias sociais incentivaram o ser humano a estar muito mais disposto falar a um público que antes não tinham. A diferença entre o tempo de Baudrillaurd e agora é que, com tecnologia e mídia social, todos podem ter uma audiência. A Société du Spetacle, ensaio de Guy Débord, também é determinante para os olhos famintos do público das redes sociais. O espetáculo sempre foi uma força propulsora para os seres humanos, mas agora todos podem construir uma extravagância/desfile para uma população demográfica segmentada. O espetáculo é um comportamento social agora. E as notícias falsas são uma maneira de uma persona desenvolver seu próprio show com agenda e propósito. No livro de 1967, Debord detalha apenas duas formas da sociedade espetacular: 1. a difusa, impulsionada pelo domínio do modelo cidadão-consumidor ; 2. a concentrada, representada pelos regimes ditatoriais. Em 1988, Debord adicionou um terceiro tipo que ressoa profundamente no mundo de hoje: o espetacular “integrado”, uma síntese dos dois primeiros. O último é transversal a todos os regimes políticos e caracteriza-se por cinco pontos: A incessante renovação tecnológica; A fusão econômico-estatal; O segredo generalizado; O falso sem resposta; O presente perpétuo. Alguém está percebendo as similaridades? Portanto, é preciso responder o que é mais rentável para uma sociedade e como conduzir as gerações futuras por um caminho que valoriza o fato real e despreza o falso, porém, espetacular. Esse é o desafio porque em jogo está a sobrevivência da própria democracia. Escrito por Tiago Pariz. Jornalista pela PUC-SP e especialista em Marketing Internacional pela FIA. É sócio da Caravelas Comunicação, empresa boutique com ampla experiência em comunicação estratégica, relações públicas e gestão de Crise.
A decisão bizarra do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para privilegiar o senador Flávio Bolsonaro é inexplicável sob qualquer argumento jurídico racional.
O zero um foi beneficiado por um entendimento estapafúrdio que lhe garante foro privilegiado mesmo não sendo mais deputado estadual. A manobra ou chicana dos desembargadores do tribunal coloca em xeque toda investigação das rachadinhas o trabalho da primeira instância que levou à importante prisão de Fabrício Queiroz. A ação só reforça o obscurantismo por parte do Judiciário e a sensação de impunidade que cerca o foro privilegiado. Passou da hora desse benefício ser extirpado das regras jurídicas do país. É uma anomalia que cria distorções e faz imperar na população a certeza de que políticos são intocáveis e podem fazer o que bem entender que não serão julgados ou punidos. Todo o ganho da Lava Jato foi mostrar que não há impunidade em casos de corrupção. Esse avanço está escorrendo pelas mãos. Para dar a devida dimensão à decisão do TJ, é como se no auge das investigações da força-tarefa de Curitiba, uma das turmas do Supremo entendesse que o ex-presidente Lula teria direito a foro privilegiado porque o petrolão aconteceu durante seu mandato. Uma bizarrice inimaginável. O que o TJ-RJ fez, portanto, foi um retrocesso gigantesco e preocupante no combate à corrupção, que nos últimos dois anos vem sofrendo ataques constantes e se deterioriando com uma rapidez ilógica. POLÍTICA Zero Um - Para Bernardo Mello Franco, do Globo, a 3ª Câmara Criminal do TJ-RJ inovou no caso do senador Flávio Bolsonaro. Os desembargadores Mônica Tolledo de Oliveira e Paulo Rangel inventaram o foro privilegiado de ex. Flávio não é mais deputado estadual, mas será julgado como se ainda fosse. Ganhará o mesmo tratamento dos atuais inquilinos da Alerj. - Reinaldo Azevedo: TJ-RJ ignora o STF; democracia nele! https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoazevedo/2020/06/tj-rj-ignora-o-supremo-democracia-nele.shtml - Para o professor Walter Maierovitch, a decisão representa um “atentado à inteligência”. Ele lembra que o nome oficial do foro privilegiado é “foro por prerrogativa de função”. “Se ele não ocupa mais a função, como pode ter a prerrogativa?”, questiona. “É o Brasil. É o faz de conta”, resumiu ontem o ministro Marco Aurélio Mello. - Em livro, desembargador que votou a favor de Flávio Bolsonaro chamou foro privilegiado de 'presente de Natal' - Aprovação de Bolsonaro segue estável após prisão de Queiroz, aponta Datafolha. Rejeitam o presidente 44%, enquanto 32% o acham bom ou ótimo, e 23%, regular - Para 64%, Bolsonaro sabia onde Queiroz estava escondido - Aprovação a governadores na pandemia atinge pior patamar - Merval Pereira: O impacto da prisão de Queiroz sobre Bolsonaro https://blogs.oglobo.globo.com/merval-pereira/post/os-caminhos-da-justica.html Governo - Moderado e apoiado por militares, Decotelli tem missão de distensionar relação com Poderes - Eliane Cantanhede: Escolha de Decotelli é mais um passo na metamorfose para 'Jairzinho Paz e Amor' https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,jairzinho-paz-e-amor,70003345266 - 'Vamos favorecer o diálogo e a comunicação com o MEC', diz Decotelli - Contratos feitos por Decotelli são investigados Poderes - Míriam Leitão: País sabe fazer desigualdades, na doença e na saúde https://blogs.oglobo.globo.com/miriam-leitao/post/desigualdade-piora-na-pandemia.html - 'O STF contra a arte de governar'. "Ao proibir Estados e municípios de cortar salários de servidores, o STF pôs em xeque a Lei de Responsabilidade Fiscal, fator essencial de racionalização do setor público". leia o editorial do 'Estadão' desta sexta-feira https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,o-stf-contra-a-arte-de-governar,70003345178 Pandemia - Estado de São Paulo registra cinco vezes mais mortes por covid-19 após reabertura econômica. Especialistas são unânimes em falar que medidas só tem impacto para a pandemia duas semanas após serem adotadas; plano da gestão Doria teve início em 1º de junho - Com lei seca e toque de recolher, cidades do interior de SP reagem à explosão de covid Educação - Reabertura das escolas em SP poderá ter exceções se estado todo não progredir, diz secretário - Para Rossieli Soares, colégios têm autonomia para decidir quem volta - Pais estão preocupados com a volta às aulas em setembro em SP - Claudia Costin: Voltar às aulas com ensino tradicional ou renovado? https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudia-costin/2020/06/voltar-a-escola-com-um-ensino-tradicional-ou-renovado.shtml Sustentabilidade - Pandemia faz consumo de plástico crescer na cidade de São Paulo Foto: Taba Benedicto/ Estadão - Recolhimento de recicláveis em casa cresceu 28% durante a quarentena - Coluna do Broad: Brasil vai na contramão climática e fica mais longe de US$ 20 tri - The Economist: A covid-19 levou a uma pandemia de poluição plástica ECONOMIA Atividade - Retração no 2º trimestre será a maior em 40 anos, e reação virá ainda mais lenta Bolsonaro homenageia vítimas e fala em excesso de preocupação com Covid Total de óbitos ultrapassa 55 mil Com pontos polêmicos, o projeto das fake news vai a votação do Senado. A proposta vai na contramão das práticas internacionais de acesso e divulgação de conteúdo e, sob o argumento de combater crimes, concentra poderes, abre caminho para censura e criminaliza de forma excessiva discursos.
O texto foi modificado pelo relator, Ângelo Coronel (PSD). A ideia original era estabelecer uma Lei de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, espécie de manual de boas maneiras para empresas e internautas. Mas o que está saindo é uma proposta que não combate a desinformação ou a deturpação de fatos, mas cria subterfúgios para ser usada como arma política de controle de liberdade de expressão. O texto está sendo criticado por diversas entidades, que pressionam o Senado a adiá-lo. Duas são as imposições mais polêmicas: o primeiro é dar ao Senado o poder de regular a internet, ao criar um Conselho de Transparência e Responsabilidade, cujos integrantes seriam nomeados pelo Congresso; o segundo o controle e filtro de conteúdo de usuários pelas plataformas de redes sociais e serviços de mensagem. O projeto é um exemplo de uma ideia interessante, mas mal executada que pode trazer mais prejuízos do que realmente combater desinformação, disparos em massa e o uso criminoso das redes sociais para difamar, caluniar ou até eleger políticos. O combate aos crimes cometidos na internet deve ser feito de forma rígida e pesada, mas uma ideia interessante e o problema profundo e complexo das fake news não pode ser usado como desculpa para coibir liberdades de expressão. POLÍTICA Pandemia
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Bombril Relança Krespinha Que Toma a Internet de Assalto e é Imediatamente CanceladaUma boa estratégia de comunicação se preocupa com os resultados, com as consequências e, principalmente com as pessoas que receberão sua mensagem. O Caso emblemático da Bombril e a esponja Krespinha mostra como a falta de estratégia de comunicação pode prejudicar uma empresa nos dias de hoje. Esta semana a Bombril bancou o relançamento de uma esponja de lã de aço chamada Krespinha. E se você também leu o nome do produto, coçou a cabeça e pensou que “alguma coisa parece não estar certa”, bem vindo a 2020. O debate sobre racismo estrutural vem movimentando relações interpessoais, políticas e corporativas mundo afora, culminando com o cancelamento de artistas, CEOs e, obviamente, da Bombril. Parece que a equipe da Bombril andava tão ocupada com o relançamento deste produto, que está no portfólio da empresa desde a década de 1950, que ficaram presos lá no passado, alheios ao debate que conseguiu tamanha projeção neste ano. Parece até difícil conceber que ninguém na equipe da Bombril pensou que o nome Krespinha não pegaria bem. Após cancelamento, a Bombril pediu desculpas e anunciou que a marca não fará mais parte do seu portfolio de produtos. A Krespinha nos Trending Topics Antes de ser retirado do site da Bombril, o produto Krespinha era definido como “perfeita para limpeza pesada”. A escolha do nome da esponja de lã de aço foi mais polêmica ainda pela associação à publicidade da década de 1950 de um produto de mesmo nome e que trazia a figura de uma menina negra ao lado do produto, o que bastou para que muitos usuários das redes levantassem a hashtag #BombrilRacista. A hashtag #BombrilRacista virou um dos trending topics no Twitter já na manhã de quarta-feira (17/06), com a vasta maioria das pessoas criticando o nome do produto e a própria empresa. As críticas vão da associação ao cabelo negro com esponjas de aço, à alusão de que negros fazem trabalho pesado e a associação à propaganda da década de 1950 que mostrava a menininha aí de cima. O Subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial do DF, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), Juvenal Araújo, foi um dos que se manifestaram contra a Bombril em entrevista à publicação Metrópoles. “Sempre houve racismo no Brasil e a referência de que o cabelo crespo é cabelo ruim. As crianças negras sofrem racismo nas escolas sendo chamadas de cabelos de bombril. (...) A empresa tem que apoiar as campanhas que trabalhem a autoestima da população negra e desmistificar a relação do cabelo crespo com a palha de aço” Um breve passeio pelo Twitter mostrou a percepção nas redes quanto ao uso do nome Krespinha em pleno 2020. O @YuriMarcal postou q a Bombril fez uma esponja de aço chamada KRESPINHA. Eu pensei: porra em 2020 não vão usar esse termo, fui pesquisar: USARAM. Pesquisei e já existiu uma propaganda em 1952 e q usava uma criança negra com cabelos crespos pra divulgar. É tão racista. @TatiNefertari - 17 de Junho de 2020 A “krespinha” não é um produto novo no mercado. Em 1952, uma esponja de nome idêntico era vendida no país e usava o desenho de uma menina negra em seus anúncios. Alheia aos crescentes debates sobre racismo, a @BombrilOficial resolveu relançar o produto, mantendo o nome original. — yasmin santos (@yasminsmp) 17 de Junho de 2020 O ano é 1952, surge uma marca racista que associa cabelo crespo a esponja de aço. O ano é 2020, o absurdo se repete. Me pergunto se existe algum preto na equipe de criação, ou só brancos alienados mesmo. #BombrilRacista — Bianca DellaFancy (@dellafancy) 17 de Junho de 2020 No mesmo dia a Bombril veio a público e publicou comunicado em sua conta no Twitter, no qual informa que a marca Krespinha será tirada do seu portfólio de produtos. eja o comunicado: A Bombril decidiu que vai retirar, a partir de hoje, a marca Krespinha do seu portfólio de produtos. Diferentemente do que foi divulgado nas redes sociais e mídia em geral, não se tratava de lançamento ou reposicionamento de produto. A marca estava no portfólio há quase 70 anos, sem nenhuma publicidade nos últimos anos, fato que não diminui nossa responsabilidade. Mesmo sem intenção em ferir ou atingir qualquer pessoa, pedimos sinceras desculpas a toda a sociedade. Cada vez mais, em todo o mundo, as pessoas corretamente cobram das empresas e das instituições o respeito e a valorização da diversidade. Não há mais espaço para manifestações de preconceitos, sejam elas explícitas ou implícitas. A Bombril compartilha desses valores. Em função disso, vamos imediatamente rever toda a comunicação da companhia, além de identificar ações que possam gerar ainda mais compromisso com a diversidade. Reflexões Sobre o Caso KrespinhaHoje se discute de que forma a violência simbólica, além da física e econômica, atinge a população negra no Brasil e nos países com história escravocrata. Ativista do movimento feminista negro, Geisa Agrício questiona “Como uma campanha como essa passa batido por centenas de pessoas, pessoas que lidam com comunicação, publicidade, e não é questionada? Foi preciso que esse equívoco gerasse prejuízos a imagem da marca para ser reconhecido?” E no centro deste debate encontram-se as equipes de marketing e publicidade que precisam estar cientes do contexto histórico e cultural em que atuam de modo a estar em ressonância com o sentimento público sobre os temas com os quais trabalham. Para Thelma Guerra, coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda da Unicamp, a publicidade tem a necessidade de se transformar e diz que estamos “(...) vendo nesse momento o quanto nós somos preconceituosos em relação ao negro, índio, à diversidade sexual, em relação aos portadores deficiência. E a publicidade não está aí para fazer só o que o cliente (empresa contratante), quer. Seria irresponsável. Temos uma função social de educar as pessoas e o próprio cliente (a empresa)” Não nos cansamos de ressaltar a importância do papel da Comunicação Estratégica para marcas e empresas. Na Comunicação Estratégica será feito um macro planejamento formal na qual empresas, instituições ou profissionais independentes, desenvolvem diretrizes de comunicação para divulgar seus serviços, produtos, marcas ou mensagens de uma forma coordenada e eficiente. No caso da Bombril e da Krespinha, houve clara falha estratégica que não identificou ou, se identificou, não preveniu que um produto com nome tão polêmico fosse não apenas relançado, mas relançado num período tão importante para o debate sobre a questão do racismo na nossa sociedade. É claro que ações de contenção e gestão de crise sempre estão disponíveis em casos como este e a Bombril agiu rapidamente mas inegável que com grande prejuízo à imagem da Bombril. A Caravelas Comunicação conta com uma equipe de profissionais conceituados, com mais de 25 anos de experiência no mercado jornalístico, marketing e relações públicas em redações de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
Ao combinarmos Comunicação Estratégica, Relações Públicas, Mídia Training e Gestão de Crise oferecemos a pessoas públicas, empresas, marcas, políticos e atletas a possibilidade de se comunicarem efetivamente com seu público alvo em quaisquer canais e veículos de relevância, elevando o conteúdo das suas mensagens e evitando crises. Entre em contato conosco e conheça o nosso trabalho. A recuperação econômica no Brasil será mais lenta do que no resto do mundo. Com isso, a nossa diferença para os países desenvolvidos e para alguns emergentes vai se ampliar, potencializando os efeitos nocivos decorrentes da pandemia do coronavírus.
Estudo da Fundação Getúlio Vargas com base em dados do FMI e das previsões do mercado financeiro brasileiro mostram que nove em cada dez países devem atravessar a crise melhor que o Brasil. Este ano o Produto Interno Bruto vai desabar, com analistas consultados pelo Banco Central apontando uma queda de 6,51%. A questão é em relação ao ano que vem: haverá crescimento ou o efeito fiscal negativo servirá de âncora e impedirá uma retomada mais forte? O consenso no mercado é de alta de 3,5% do PIB, ou seja, o tombo deste ano não será recuperado no ano que vem. Portanto, quanto tempo levará para o os níveis de dezembro de 2019 serem retomados? É impossível prever diante da débâcle político-econômico-social-institucional do país. A receita é simples, mas a prática é complexa. Ela passa por um afastamento dos radicais do coração do poder, de uma distensão e um reconhecimento dos erros. O primeiro passo é, com certeza, a demissão de Abraham Weintraub do Ministério da Educação e a indicação de um profissional com conhecimento técnico, profissional e prático da área. Parece trivial, mas não é. POLÍTICA Fake news
Poderes
Rachadinha
Pandemia
ECONOMIA Atividade
A crise institucional avançou duas casas nos últimos dias. Primeiro, com a orientação do presidente Jair Bolsonaro para que seus seguidores invadissem hospitais de campanha para tentar comprovar que a pandemia de coronavírus seria menor do que governadores, prefeitos e os números oficiais mostram. E depois com o ataque com fogos de artifício ao Supremo Tribunal Federal perpetrado por apoiadores do presidente, na noite de sábado. Os dois atos provocaram reações dos demais Poderes, com pedidos de investigação e uma nota dura do presidente do STF, Dias Toffoli, afirmando que o Supremo jamais se curvará a ameaças. Agora pela manhã, a manifestante bolsonarista Sara Winter foi presa por ordem do Supremo, dentro do inquérito das fake news, o que tende a agravar o clima de confronto. O acirramento da crise mostra que Bolsonaro perdeu o controle dos seus manifestantes e, a cada dia, vai perdendo as condições do conduzir o país em meio a uma das mais graves crises de sua história. Os exemplos dados pelo presidente e por alguns de seus mais próximos auxiliares, como o ministro Abraham Weintraub (Educação), são claramente contra a ciência, a civilidade e a racionalidade. Difícil imaginar que pessoas de bom senso continuem por muito tempo no governo caso seus métodos não sejam modificados. A saída anunciada ontem do secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, é um sinal preocupante de que Bolsonaro pode ficar sozinho com seus radicais na condução do Brasil. POLÍTICA Epidemia
Crise política
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Como um Tweet Destruiu a Parceria Reebok x CrossFitTemas relevantes para o mundo devem ser tratados à altura de toda importância que carregam: o Black Lives Matter é o exemplo mais claro e mais próximo disso. Um comentário fora do eixo tem capacidade destrutiva para todos os envolvidos. A mensagem é clara: quando se trata de algo essencial para a sociedade, não faça pouco caso. E, por quê não, faça reverência e demonstre compaixão. Neste contexto, surgiram vários exemplos de comentários que refletem a irracionalidade que tomou conta do mundo atual. Foi o que houve com a marca CrossFit, conhecida pelo grande número de fãs obstinados, dispostos a se submeterem à prática de exercícios intensos a despeito da dor e aparente desgaste sofrido. Greg Glassman, fundador e CEO da empresa CrossFit diz que seu programa de treino e alimentação mudou o entendimento sobre metabolismo, dieta e exercícios para pessoas que estão acima do peso ou são sedentárias. Glassman, que é ex ginasta, abriu sua primeira academia em 1995. Ate a semana passada havia mais de 15 mil lojas afiliadas ao programa ao redor do mundo e mais de 4 milhões de praticantes. Os CrossFit Games são uma competição atlética de propriedade da CrossFit que acontece anualmente desde 2007, durante o verão. Desde 2012 a gigante do esporte Reebok, de propriedade da Adidas, se associou à marca CrossFit para desenvolver exclusivamente acessórios para a prática do esporte, como um modelo de tênis cujo lucro financia o evento anual. Embora resistente a se associar a muitas marcas, Glassman entendeu que um parceiro como a Reebok abriria portas e promoveria o esporte. Foi através desta parceria que o CrossFit Games passou a ser também financiado pela ESPN. Quem Fala o que Quer - Cancelamentos e Comunicação EstratégicaDesde a semana passada os Estados Unidos e outros países vêm lidando com as repercussões de diversos protestos em repúdio à violência policial contra afro americanos, após a morte de George Floyd pelas mãos da polícia de Minneapolis. Empresas de todos os setores, marcas e pessoas públicas se viram no meio do fogo cruzado já que os seus seguidores deixaram claro que esperavam ações reais sobre a desigualdade racial, e não apenas a postagem de mensagens de apoio nas redes sociais, como foi o Blackout Tuesday no Instagram. Empresas e personalidades que haviam se manifestado de maneira rasa tiveram que voltar atrás e se retratar para conter as críticas e evitar perder contratos. A semana foi de trabalho intenso para assessores de imprensa que tiveram que salvar carreiras e marcas do cancelamento público nas mídias sociais. Alguns membros da comunidade Crossfit se incomodaram e condenaram o fato da empresa manter-se em silêncio por mais de uma semana após a morte de Floyd. Mas a repercussão de maior impacto para a CrossFit viria após um Tweet de Glassman. Ao responder a um Tweet do Institute for Health Metrics que dizia que o “Racismo é um problema de saúde pública”, o CEO fez um comentário jocoso associando o COVID-19 e George Floyd. Adicionando mais combustível na fogueira, após comparar o assassinato de Floyd e subsequentes manifestações com a epidemia do coronavírus, Glassman não se desculpou e, em reunião por aplicativo de conferência com proprietários de academias assiciadas à CrossFit, fez comentários considerados por muitos impertinentes e ofensivos. O aúdio de tal reunião caiu nas mãos da publicação BuzzFeed. Na sequência a Reebok anunciou publicamente que encerraria antecipadamente sua associação com a marca CrossFit em virtude dos ocorridos. O contrato de 10 anos de exclusividade de fabricação de produtos licenciados estava em fase de renegociação mas “à luz dos acontecimentos recentes, tomamos a decisão de encerrar a nossa parceria com a CrossFit HQ. Cumpriremos nossas obrigações contratuais (...). Devemos isto aos atletas, fãs e à toda a comunidade do CrossFit Games” disse a Reebok em comunicado à Morning Chalk Up. Outras marcas afiliadas à CrossFit, como a CrossFit Magnus, Petworth Fitness, Rogue e NoBull também anunciaram o encerramento de suas parcerias com a empresa. Segundo a BBC mais de 200 empresas estão no processo de desvincularem-se da CrossFit. A CrossFit ainda tentou contornar a crise causada pela postura do seu CEO com a publicação de um Tweet onde se desculpava pelos comentários mas o estrago já estava feito. No mesmo dia Glassman veio a público anunciar sua “aposentadoria” precoce de Glassman do cargo de CEO da CrossFit. Floyd é um herói na comunidade negra e não apenas uma vítima. Eu deveria ter sido sensível a isso e não fui. Peço desculpas. Eu estava tentando vinculá-lo ao @IHME_UW por seus modelos invalidados, resultando em um bloqueio desnecessário, destruidor de economia e destruidor de vidas. As tentativas de salvaguardar a imagem da empresa após comentários controversos do seu criador e principal representante vieram tarde de mais para centenas de parceiros e afiliados, e milhares de atletas e fãs. Glassman foi substituido como CEO da CrossFit por Dave Castro, diretor do CrossFit Games.
A cada dia fica mais claro e evidente que não apenas pessoas públicas, mas também aqueles que estão à frente de organizações (como Glassman) estão sujeitos ao escrutínio do público e suscetíveis ao cancelamento não apenas pessoal, mas também das empresas e marcas que representam. Por isto é tão importante nos dias de hoje que estas pessoas estejam preparadas para se comunicar de maneira eficaz e estratégica com o seu público interno e o público em geral. Óbvio que o apoio de uma empresa especializada em comunicação estratégica para a orientação e o treinamento é importante, mas em casos maiores como o BLM, a fórmula é simples: respeito, reverência, solidariedade e compaixão. Se seu comentário não se encaixar em nenhuma dessas pequenas, mas poderosas palavras, cale-se e arque com as consequências. A Caravelas Comunicação conta com uma equipe de profissionais conceituados, com mais de 25 anos de experiência no mercado jornalístico, marketing e relações públicas em redações de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Ao combinarmos Comunicação Estratégica, Relações Públicas, Mídia Training e Gestão de Crise oferecemos a pessoas públicas, empresas, marcas, políticos e atletas a possibilidade de se comunicarem efetivamente com seu público alvo em quaisquer canais e veículos de relevância, elevando o conteúdo das suas mensagens e evitando crises. Entre em contato conosco e conheça o nosso trabalho. O presidente Jair Bolsonaro se inspirou na velha e tradicional política, que ele sempre repudiou em seus discursos desde a campanha eleitoral, ao nomear o deputado federal Fábio Faria, do PSD do Rio Grande do Norte, para ocupar o recriado Ministério das Comunicações. Faria vem de uma família tradicional de políticos e donos de emissoras de comunicação, tem um bom relacionamento com os partidos do centrão e é casado com a filha de Sílvio Santos, um dos maiores apoiadores de Bolsonaro na imprensa. Com sua escolha, Bolsonaro busca aumentar sua base de apoio no Congresso, melhorar a imagem de seu governo e ter algum diálogo com setores da imprensa em um momento em que crescem os discursos e as mobilizações a favor do impeachment. Tal manobra soaria normal em um governo guiado pela política, como foram os do PSDB e do PT. Mas fica estranha vinda de um presidente que associa a política à corrupção e à incompetência —tanto que velhos e novos aliados repudiaram a nomeação. Mas, por outro lado, agradou atores que são fundamentais para evitar que o impeachment avance, entre eles Rodrigo Maia, que o elogiou publicamente. A realidade, porém, é teimosa. O Brasil ultrapassou as 40 mil mortes pelo coronavírus e se tornou o país com mais casos na última semana. A crise política pode até ser enfrentada. Mas não há sinais de arrefecimento nas crises sanitária e econômica. POLÍTICA Epidemia
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A grande parte do mundo desenvolvido se prepara para um recuperação econômica rápida no formato "V". Os incipientes sinais de retomada do emprego dos EUA, aliados à monstruosa injeção de estímulo do Fed, mostram que os efeitos da pandemia do coronavírus serão contornados caso não haja uma segunda onda de contaminação. A recuperação no Brasil não ocorrerá mesma velocidade por vários motivos, apesar da recentíssima valorização dos ativos brasileiros. Isso significa que a desigualdade do Brasil em relação aos outros países se aprofundará e a correção da rota passará por um aperto no cinto e muita vontade política. O primeiro passo será Bolsonaro conter o ímpeto para evitar tornar permanente a ajuda emergencial de R$ 600. O segundo será um mergulho irrestrito na agenda reformista no Congresso Nacional. A segunda ação teoricamente seria mais fácil com uma articulação política suave e uma relação menos conturbada com o Congresso, ainda mais agora que o governo abriu-se totalmente para o Centrão. O problema é que o presidente segue dando sinais mistos sobre como quer se relacionar com os parlamentares. Ao mesmo tempo em que entrega cargos, ele insiste em temas controversos e desligados da realidade para agradar a parcela mais radical de seus apoiadores. Como a MP que que permite ao ministro da Educação indicar quem quiser para reitor das universidades federais. A proposta causou reação imediata da cúpula do Congresso, que a classificou de inconstitucional e ameaçou devolve-la ao Executivo sem nem sequer analisá-la. Bolsonaro segue tentando agradar públicos distintos, mas é incapaz de gerar consenso, causando desgaste e controvérsia. A falta de agenda e a visão ofuscada de país só dá a certeza de que a sociedade assiste o empobrecimento econômico e político da nação. Governo
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April 2022
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